Previsão de baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas acende sinal de alerta, apesar da redução de focos de fogo em Goiás

O estado de Goiás registrou no ano atual, até o dia 7 de julho, um total de 777 focos de fogo ativo detectados pelo satélite de referência do Programa Queimadas do INPE. Os dados, monitorados pelo Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (CEMPA-Cerrado), indicam uma redução significativa de 33% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 1.161 focos. Todos os meses de 2025 apresentaram resultados mais favoráveis em comparação ao ano anterior.

Apesar da redução acumulada, o mês de junho chama atenção por ter concentrado o maior número de focos no ano de 2025, até o momento, totalizando 241 registros. Ainda assim, o número representa uma diminuição de 7% em relação a junho de 2024. Por outro lado, o mês de abril foi o que apresentou a maior redução nos focos de fogo ativo (de 60%) em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Distribuição mensal de focos de fogo ativo para Goiás no período entre 2021 e julho de 2025. Fonte dos dados: https://terrabrasilis.dpi.inpe.br/queimadas/portal/ 

Os próximos dias são considerados o início do período mais crítico para queimadas no estado. De acordo com a previsão meteorológica emitida pelo Sistema Integrado de Informações Agrometeorológicas (SIAG) — uma parceria entre o Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (CEAGRE/IF) Goiano e o CEMPA-Cerrado/UFG — não há previsão de chuvas em todo o estado até, pelo menos, o dia 27 de julho. Além disso, diversos municípios têm registrado valores de umidade relativa do ar abaixo de 30% no período da tarde, que somada às altas temperaturas e aos ventos, aumenta significativamente o risco de propagação de incêndios em áreas rurais e urbanas.

Neste cenário, é fundamental que a população adote cuidados redobrados. Entre as recomendações estão: evitar o uso do fogo para limpeza de terrenos ou manejo agrícola, não jogar bitucas de cigarro em áreas de vegetação, manter aceiros limpos nas propriedades rurais e acionar imediatamente os órgãos responsáveis ao identificar qualquer princípio de incêndio. A prevenção continua sendo a forma mais eficaz de proteger vidas, patrimônios e o meio ambiente durante o período seco.